Creio não exagerar se disser que o Parque de Ibirapuera é o pulmão de São Paulo. E não só. Esta área verde com mais de 1500 Km2 é também um centro de atividade cultural e desportiva da cidade. Aqui se situam, por exemplo, o Pavilhão da Bienal de São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea, o Museu de Arte Moderna, o Museu Afro Brasil, a Oca, o Auditório Ibirapuera e o Ginásio de Esportes. Para além disso, o recinto conta com uma ciclovia, percursos para jogging e extensos relvados que fazem as delícias dos paulistas. Como podem imaginar, há assunto suficiente para se passar muitas horas em Ibirapuera, por isso reservei um dia inteiro para conhecê-lo com calma. Foi no decorrer desse passeio, no intervalo entre a visita aos edifícios projetados por Oscar Niemeyer, que vi a Vanessa sentada num banco de jardim muito fora do comum, uma estrutura que me pareceu um carro retirado de um desenho animado dos Flintstones. E embora este banco cómico não me tenha parecido muito confortável, a Vanessa e a sua cadelinha estavam comodamente instaladas, uma atenta a quem passava, a outra a ler o segundo volume de “A Guerra dos Tronos“. “Adoro o livro! É maravilhoso!”, disse-me com grande entusiasmo. “Foi o meu noivo, que é fissurado em leitura e tem uma biblioteca enorme, que insinuou que queria a coleção toda. Eu ofereci e acabei lendo primeiro! Eu não tinha o hábito de ler. Meu noivo, ele é assim meio nerd sabe?, lê muito e eu me perguntava: o que é que ele vê nos livros? Mas ele insistiu tanto para que eu lesse essa saga que fui levada pela curiosidade e acabei adquirindo um vício que eu não tinha“. Caro noivo da Vanessa, o meu muito obrigada por trazê-la para o lado luminoso da força.
Mais fotos da Vanessa e do Parque de Ibirapuera aqui.