Coragem. Esta foi a palavra que mais ouvi quando anunciei que ia partir numa viagem de seis meses pelo mundo. Nunca concordei e garanto-vos que não há nesta minha atitude ponta de falsa modéstia. Não tomei nenhuma decisão radical: não me despedi, não parti com apenas uns trocos nos bolsos, não estou sequer a viajar sozinha, embora esse fosse o plano inicial. Coragem teve a Emma (portuguesa de quem vos falarei num futuro post), que se despediu de um cargo de direção e largou uma carreira de topo para viajar pelo mundo durante três anos. Conheci-a ao entrar no Laos. Coragem teve o Francisco, espanhol de Málaga, que depois de ser apunhalado sete vezes no abdómen numa tentativa de carjacking decidiu correr mundo sozinho, embrenhar-se nos lugares mais remotos e confiar de novo no ser humano. Conheci-o a bordo de um autocarro no norte da Tailândia. E coragem teve a muito jovem Sophie que foi sozinha desbravar território australiano durante três meses e que eu conheci em Sydney na véspera do seu regresso a Inglaterra. Fotografei-a no Hyde Park quando relia “The Shining“, de Stephen King. “Adoro livros de horror! Sou fã deste clássico e adoro a adaptação ao cinema. Por isso estou a relê-lo“.
Sandra, eu acho que é necessária muita coragem para fazer uma viagem dessas e acima de tudo por ter sido pensada para fazê-la sózinha.Adoro viajar mas tenho terror do desconhecido,por isso só bem acompanhada. Fico à espera de viver essa aventura através da Sandra, pois julgo que será contada em livro e eu vou adquiri-lo, autografado e tudo. Beijinhos
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