Uma ligeira alteração no meu horário de trabalho durante os meses de agosto e setembro (a par de uma outra coisa de que vos poderei falar daqui a uns dias, espero…), levou-me a considerar o metro como o melhor meio de transporte para regressar a casa ao fim do dia. Não foi qualquer surpresa constatar que há por ali muitos leitores. Sempre que andei de metro vi-os nas plataformas enquanto esperavam pelas carruagens, vi-os nas carruagens que passavam por mim no sentido oposto e vi-os, também, nas carruagens onde eu me sentava e aproveitava igualmente a viagem para ler. Só não me tinha dedicado, ainda, a fotografá-los com tanta assiduidade, coisa que mudou há pouco mais de um mês.
No outro dia, no apeadeiro da Casa da Música, conheci a Rosete. Leitora habitual e particular apreciadora de ficção, diz andar sempre acompanhada de um livro. O volume que tinha nas mãos quando lhe propus fazer a fotografia era uma edição antiga de “Aparição“, de Vergílio Ferreira. O livro foi-lhe oferecido por um amigo que sabe da sua predileção pelas edições da antiga Coleção RTP, que hoje em dia já só se encontram à venda em alfarrabistas. Quando acabasse de ler este romance, ia começar o ensaio “Como ler um escritor” que tinha acabo de comprar e que tirou da sacola que trazia ao braço para me mostrar. E no que diz respeito ao livro da sua vida? A preferência foi para Harper Lee e “Por Favor, Não Matem a Cotovia“, um livro que a marcou muito.
A paixão que eu tenho por Vergílio Ferreira…
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