Estar em Madrid num domingo de manhã exige uma ida ao Rastro. No bairro onde antigamente existia um matadouro e onde os animais, depois de abatidos, eram arrastados para os curtidores deixando um rasto (rastro, em espanhol) de sangue, acontece semanalmente aquilo que eu considero muito mais que uma simples feira da ladra: é uma verdadeira festa! Embaladas pelos pregões dos vendedores, pela música dos artistas de rua e pelo cheiro a tapas, milhares de pessoas passeiam-se pelas ruas onde se vende de tudo, livros incluídos. De partida para o próximo lugar a visitar, fui apanhar o metro na estação Tirso de Molina e foi aí, na plataforma, que passei pela Narcis a ler o que tinha acabado de comprar no Rastro: “Máquinas Mortales“, um livro de ficção científica escrito por Philip Reeve.