Entre a China e Portugal há um fio condutor

Gosto destas coincidências. Quando iniciei a viagem em direção à China, tinha uma única fotografia para publicar — esta — e havia dias que me queixava da escassez de leitores. No entanto, assim que parti, os leitores foram surgindo e as suas fotos acabaram por passar à frente desta, tirada no jardim da Cordoaria. Na altura, o que eu não podia imaginar é que esta imagem, mais de um mês depois de capturada, iria permitir-me fechar o périplo chinês e voltar às fotos portuguesas através de um fio condutor chamado Oscar Wilde. A Maria, que foi a última leitora que fotografei a oriente, lia os seus contos; o Rui, que fotografei mesmo antes de partir, lia “O Retrato de Dorian Grey“. Contou-me o Rui que havia pouco mais de um ano que tinha retomado o interesse pela leitura e que decidira dedicar-se aos clássicos. Escolheu Oscar Wilde por estar referenciado como um autor fundamental e optou pel’ “O Retrato de Dorian Grey” por ser o seu único romance. A escolha não o desiludiu: estava a gostar imenso.
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