Morrer por uma história

 
De acordo com o CPJ (Committee to Protect Journalists) foram mortos, nos últimos vinte anos, 920 jornalistas. Só em 2012 já morreram 25 profissionais no exercício das suas funções, a esmagadora maioria na Síria. Jornalista de profissão, este é um tema a que o Pedro é particularmente sensível e foi com emoção que me falou do assunto quando o encontrei no Moustache, à hora do almoço.
 
Contou-me o Pedro que tinha acabado de ler recentemente dois livros escritos por Anna Politkovskaya, a jornalista russa abatida a tiro em Moscovo, em 2006.  “Chechénia – A Vergonha Russa” e “A Rússia de Putin” foram obras que o marcaram bastante pelo exemplo de coragem e persistência na busca da verdade. Por isso, quando viu o livro Assassinaram um Jornalista” à venda na FNAC não hesitou em comprá-lo, até porque uma das biografadas por Terry Gold é, precisamente, Anna Politkovskaya. 
 
Na sua opinião a grande virtude de Assassinaram um Jornalista” é “dar vida às caras dos jornalistas” cujas mortes vão sendo contabilizadas para efeitos estatísticos, sem que ninguém se preocupe em saber quem foram verdadeiramente. Terry Gold investigou a fundo a vida de seis profissionais, procurando perceber por que motivo nunca desistiram das suas investigações jornalísticas, colocando-as à frente das próprias vidas. Para o Pedro, esta é a melhor forma de perpétuar grandes exemplos de dedicação ao trabalho e fazer com que os seus sacrifícios não tenham sido em vão. 
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