O Nuno, a Rita e dois clássicos

 
Sentei-me na escadaria em frente à Casa da Serralves para aproveitar o sol, a vista sobre o jardim e ler um pouco mais. Foi daí que os vi, lá em baixo, estendidos na relva. A Rita dormitava e o Nuno lia naquela posição peculiar, que o obrigava a uma ginástica complicada de cada vez que queria voltar uma página. O livro que mantinha erguido era “Jane Eyre“, de Charlotte Brontë, de que estava a gostar muito e que considerou particularmente interessante por lhe permitir acompanhar a história pela perseptiva de uma mulher, numa época tão distinta da de hoje no que diz respeito à condição feminina. O outro volume pousado sobre a relva era “Anna Karénina“, de Lev Tolstoi, romance que a Rita também estava a apreciar, sobretudo porque sempre a fascinou aquele período áureo e opulento da história russa, cheio de convencionalismos sociais e regras rígidas no que tocava ao comportamento das mulheres. Estes dois livros foram escolhidos pelo Nuno e pela Rita numa “caça aos grandes clássicos” (palavras suas) que fizeram na FNAC com o objetivo de trocá-los entre si depois de lidos. 
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