Nuno e os clássicos

 
O Nuno admitiu que até há uns anos não era grande leitor. Mas um dia decidiu que isso teria de mudar. E então, qual forcado, cheio de bravura, pegou de caras Tolstoi e Dostoievski e leu tudo o que encontrou destes dois autores. Quando o vi na esplanada do Lais de Guia, em Matosinhos, lidava outro nome maior da literatura: o nosso Eça de Queirós. O Nuno relia “Os Maias“, numa edição da Ulisseia cuja data o livro não refere, mas que é suficientemente antiga para ter custado 810 Escudos + IVA (preço gravado na contracapa). E porquê reler “Os Maias“? Porque, de acordo com o Nuno, quando leu este romance pela primeira vez, nos tempos da escola, era demasiado novo para valorizar certos detalhes do texto. E deu este trecho como exemplo: “Sofrer em silêncio por ter traído um amigo, aprende-se exatamente como se aprende a não meter os dedos no nariz. Questão de educação…“.
Advertisement

4 thoughts on “Nuno e os clássicos

  1. Nunca releio nada, porque há demasiados livros no mundo que quero ler e sei que nunca irei ter tempo para todos, mas Os Maias fazem apetecer uma nova leitura, de facto…

    Like

  2. Por dever de ofício, leio “Os Maias” regularmente, pelo menos de 3 em 3 anos. É sempre um prazer enorme, seja pela maravilha da escrita, seja pela descoberta constante de novos pormenores e novos sentidos.
    Parabéns ao Nuno, que descobriu o gosto da leitura; parabéns à autora deste blogue, tão interessante!

    Like

Leave a Reply

Fill in your details below or click an icon to log in:

WordPress.com Logo

You are commenting using your WordPress.com account. Log Out /  Change )

Twitter picture

You are commenting using your Twitter account. Log Out /  Change )

Facebook photo

You are commenting using your Facebook account. Log Out /  Change )

Connecting to %s